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Debaixo Da Língua

Debaixo Da Língua

Origem de Dan Brown

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Sinopse

 

Bilbau, Espanha. Robert Langdon, professor de simbologia e iconologia religiosa da Universidade de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbau para assistir a um grandioso anúncio: a revelação da descoberta que «mudará para sempre o rosto da ciência».

O anfitrião dessa noite é Edmond Kirsch, bilionário e futurista de quarenta e dois anos, cujas espantosas invenções de alta tecnologia e audazes previsões fizeram dele uma figura de renome a nível global. Kirsch, um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, duas décadas antes, está prestes a revelar um incrível avanço científico… que irá responder a duas das perguntas mais fundamentais da existência humana.

No início da noite, Langdon e várias centenas de outros convidados ficam fascinados com a apresentação tão original de Kirsch, e Langdon percebe que o anúncio do amigo será muito mais controverso do que ele imaginava. Mas aquela noite tão meticulosamente orquestrada não tardará a transformar-se num caos e a preciosa descoberta do futurista pode muito bem estar em vias de se perder para sempre.

Em pleno turbilhão de emoções e face a um perigo iminente, Langdon tenta desesperadamente fugir de Bilbau. Tem ao seu lado Ambra Vidal, a elegante diretora do Guggenheim, que trabalhou com Kirsch na organização daquele provocador evento. Juntos, fogem para Barcelona, com a perigosa missão de localizar a palavra-passe que os ajudará a desvendar o segredo de Kirsch. Percorrendo os escuros meandros de história oculta e religião extremista, Langdon e Vidal têm de fugir de um inimigo atormentado que parece saber tudo e pode até estar de alguma forma relacionado com o Palácio Real de Espanha… e que fará qualquer coisa para silenciar para sempre Edmond Kirsch. Numa viagem marcada pela arte moderna e por símbolos enigmáticos, Langdon e Vidal vão descobrindo as pistas que acabarão por conduzi-los à chocante descoberta de Kirsch… e a uma verdade que até então nos tem escapado e nos deixará sem fôlego.

 

Opinião dela:

Vamos começar por dizer que Dan Brown é Dan Brown, então o que se espera deste livro? Muita ação, mistério, correrias e descobertas, tal como nos outros livros do autor. E é o que acontece em "Origem"? Sim é! Porém senti que desta vez o professor Langdon não teve tanta dificuldade em descobrir o que era necessário para avançar com a divulgação da apresentação do seu querido amigo.

Nos outros livros, esta parte das descobertas dos enigmas pela personagem principal é o que realmente interessa, moção que não senti tanto desta vez pois estava muito mais interessada em descobrir a revelação de Edmond. Tenho a dizer que depois de descobrir tudo, apenas fiquei surpreendida por descobrir "De onde vimos", uma vez que não me surpreende em nada o "Para onde vamos".

Este livro mais uma vez retrata a ciência versus a religião, mas penso que de forma muito mais ligeira. Sim existe um homem que foi contratado para matar Edmond, mas será que está mesmo ligado à religião? quem será o regente? Tenho a dizer que vão ficar completamente aturdidos com o final do livro!

Conclusão, leiam o livro, mesmo havendo pessoas que dizem que este livro não está tão bom como os outros ou mesmo que desilude, se têm curiosidade leiam, pois continua a ser um bom livro!

 -J-

Contigo - parte 8 de L e J

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19 de novembro de 2016

 

A avó vai ao quarto de Clara acorda-la, fica surpreendida quando vê Clara sentada na cama. A menina questiona-se porque tem de acordar tão cedo a um sábado, fica intrigada e decide perguntar à avó.

 

- Avó, porque estamos a acordar às 7 horas da manhã?

- Vou levar-te a um sítio onde sempre quiseste ir.

- Vamos à Disney? – pergunta muito rapidamente Clara, dando um gritinho de entusiasmo.

 

A avó ri-se e responde à menina.

- Pronto. O segundo local onde sempre quiseste ir.

- Diz-me qual é avó.

- Arranja-te meu doce.

 

A avó sai do quarto e deixa a menina sozinha para ela se vestir e embelezar-se. Porque a minha avó não me disse onde vamos? Será que adivinhei? Mas a Disney é muito longe. Estas perguntas não saem da cabeça da menina nem por um segundo.

Durante o percurso, a menina interroga os pais e a avó insistentemente para saber onde vão, no entanto ambos se riem e nenhum dá uma única pista. A avó perto do local coloca uma venda à menina para que esta tenha uma surpresa maior. No local a menina sai do carro agarrada à avó e todos juntos contam até três para a menina retirar a venda, que quando vê o local onde se encontra fica surpreendida.

 

- Estamos na Serra da Estrela, adoro, adoro, adoro – afirma a menina muito feliz a abraçar toda a família com muito carinho.

 

A avó fica fascinada com todo o carinho da menina e é evidente que toda a família se encontra magistralmente feliz pela viagem. A avó fica sentada num banco a ver a neta a escorregar pelas encostas da serra, até que se levanta e vai à mala do carro onde tira uma caixa com diversos utensílios.

 

- Clara, anda cá meu anjo – chama a avó ao aproximar-se da neve, colocando a caixa com o material no chão.

- Sim avó – diz Clara ao aproximar-se da avó.

- Vamos fazer um boneco de neve. Queres? – pergunta a avó com um brilho enorme nos olhos.

- Sim, avó tu estás-me a fazer tão feliz – diz a menina abraçando a avó com muita força.

- Oh, meu anjo.

 

A avó encontra-se muito comovida com a atitude da neta e ambas, com a ajuda do pai e da mãe, fazem duas bolas de neve para montarem o boneco de neve. Após a estrutura do boneco estar montada é hora de o decorar. A menina ao ir à caixa que a avó trouxe repara que esta contém o cachecol preferido do falecido avô. Porque isto está aqui? Pensa Clara.

 

- Vó? – chama a menina puxando o casaco da avó – Tens a certeza que o queres dar ao nosso boneco de neve? – Clara mostra o cachecol do avô.

- Sim minha querida, o teu avô adorava a serra e, assim, uma parte dele fica sempre presente em um dos seus sítios mais queridos.

 

A menina deparando-se com a emoção nos olhos da avó, abraça-a amorosamente, dizendo-lhe ao ouvido um suave e apaixonado adoro-te para sempre avó. Alice abraça-a com mais força e começa a chorar tocada pelo carinho que a neta demonstra. Quando sente um abraço mais apertado, abre os olhos e vê a sua filha Joana a abraça-la com todo o seu amor. Poderia ficar assim para o resto da vida, pensa Alice, pois a vida ao lado das suas princesas é o se único desejo. As três são interrompidas por uma voz rouca a constatar o sucedido.

 

- Ninguém me chama para este abraço familiar? – reclama o pai Afonso.

As três mulheres olham para ele e desatam-se a rir. A mãe Joana chama-o e todos dão um abraço extra forte.

- Agora já podemos decorar o boneco de neve? – pergunta o pai.

- Simmmmm!!!!!!! – exclama a menina muito sorridente.

- Como se vai chamar? – pergunta a mãe à menina.

- Hum… Senhor White – diz a menina.

- Original, não haja dúvida – diz o pai baixinho. Joana dá uma palmada no braço do pai e sorri para ele.

 

Os quatro decoram o senhor White conforme as ordens da Clara e no final a avó embrulha o pescoço do boneco com o cachecol do avô. Distanciados ficam a apreciar a sua obra de arte.

 

- Está lindo – diz a neta orgulhosa.

- Está magnífico – comenta a avó.

 

A menina sente um empurrão nas costas e quando olha para trás repara que o seu pai lhe atirou uma bola de neve. Clara pega num pedaço de neve e com as mãos forma uma bola de neve atirando-a ao pai. Os dois brincam com a neve, enquanto a avó e a mãe vão para o carro se aquecer. Ao reparar que ambas se encontravam no carro, Clara vai ter com elas. Ao chegar ao carro ouve na rádio a sua música de natal preferida, All I want for Christmas de Mariah Carey, e fica muito entusiasmada.

 

- Avó a minha música, anda dançar comigo, anda, anda, por favor.

- Oh querida, a avó não sabe dançar.

- Anda, por favor.

 

A menina coloca o rádio nas alturas e ambas dançam a música no meio da neve. De repente começa a nevar, porém ambas continuam embrenhadas naquele mágico cenário natalício. O espirito de natal chegou.

Na viagem de regresso a casa, Clara adormece no banco de trás no colo da avó, que enquanto lhe massaja o cabelo afirma para si mesma que nunca irá esquecer aquele dia, deixando-se, dessa forma, chorar para si.

-L&J-

 

 

Contigo - parte 7 de L e J

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16 de novembro de 2016

 

A avó encontra-se na porta da escola à espera da Clara. A menina vem a correr alegremente ter com a avó.

- Avó hoje vamos a algum lado? – interroga alegremente.

- Sim amor, mas não te posso contar. Ainda te lembras da história que lês-te aos meninos do lar? – pergunta a avó.

- Sim, mas…

- Boa, saberás mais tarde – a avó interrompe a neta, rindo-se com a cara de incógnita que esta faz.

Logo de seguida as duas vão para o local surpresa que a avó falou. Ao chegarem ao local a neta fica com uma expressão muito assustada, já que se encontravam à porta do hospital.

- Avó estás doente? – pergunta a menina muito preocupada.

- Nããaaaoooo – afirma a avó com a voz atormentada.

- Não? – insiste a Clara.

- Viemos aqui por outra razão, vamos aconchegar os corações dos mais necessitados – afirma a avó.

- Como assim?

- Vais contar uma história de adormecer aos meninos que estão doentes e não podem estar em casa.

- Oh avó, gosto tanto da tua ideia!

Clara encontra-se muito feliz. Ao chegarem à ala pediátrica as duas são recebidas por uma enfermeira que lhes pede para vestir uma bata própria, prosseguindo depois para o quarto de uma criança. A avó começa a história e a Clara termina, porém quase no final, a criança já se encontra praticamente adormecida e então as duas saem do quarto com um sentimento de dever cumprido.

Ao longo do percurso de casa ambas vão de mãos dadas, encontram-se felizes e com o coração cheiinho de amor.

-L&J-

Contigo - parte 6 de L e J

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13 de Novembro de 2016

 

O dia encontra-se solarengo e Clara está sentada no jardim a ler um livro que uma das meninas do lar lhe emprestou. A avó, ao estranhar a ausência da neta em casa, vai ver o que esta se encontra a fazer. Ao chegar ao jardim e ao deparar-se com a menina a ler um livro, não consegue esconder o orgulho que sente, a Clara começa finalmente a ter outros interesses, ainda bem que a experiência está a ser positiva.

 

- Vó, podemos ir novamente ao lar?

- Sim. Queres ir hoje?

- Sim, estive a ler este livro. – Clara mostra o livro a avó toda sorridente – Assim, sei as falas e vou fazer uma mini peça de teatro para todas as crianças.

 

A avó dá um beijo na nuca de Clara e diz-lhe que vão ao lar mais logo, pois agora tem uma surpresa estonteante para ela.

Ao chegarem à cozinha Clara fica surpreendida com os ingredientes colocados na bancada.

 

- Avó vamos cozinhar?

- Vamos fazer aquelas bolachas de canela que tu tanto adoras.

- Podemos levá-las aos meninos do lar?

- Claro, a avó vai ensinar-te para que assim saibas fazer para os teus netinhos.

- Oh avó, eu sou tão nova – diz a menina rindo-se as gargalhadas.

 

Ao longo da tarde as duas juntas fazem a receita das bolachas etapa por etapa, existindo tempo até para uma brincadeira entre a avó e a Clara, uma vez que esta decide sujar a avó com farinha e a mesma retribui a brincadeira. É notória a felicidade presente nos olhos de ambas.

No final da tarde as duas embrulham-se nos seus casacos e levam uma cestinha de bolachas para os meninos do lar, que ficam entusiasmadíssimos com a presença de ambas e dedicam-lhes desenhos e canções. O serão é passado com Clara a fazer a sua peça de teatro inspirada no livro que tinha lido nessa manhã. No fim os meninos do lar adormeceram com os corações cheios.

-L&J-

Contigo - parte 5 de L e J

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12 de Novembro de 2016

 

Que horas são? Ah! Está na hora de ir acordar a Clara!, repara Alice enquanto se dirige para o quarto de Clara. Quando entra fica uns momentos a olhar para a sua querida neta, tão nova, tão inocente, com um coração tão forte. Ainda tem tanto por viver e só consegue pensar em jogar no tablet… devia de pensar em brincar com bonecas ou ir para o jardim correr, mas não só quer estar sentada em casa sem falar com ninguém agarrada aos jogos, espero que o dia de hoje mude um pouco o seu pensamento, pensa tristemente a avó.

 

- Clarinha, são horas de acordar! – sussurra, enquanto dá alguns beijos na testa da menina.

- Quero dormir mais! – pede Clara.

- Anda, não podemos chegar atrasadas!

- Estou ansiosa que isto acabe. Nunca mais chega o Natal para ter o iphone e poder fazer o que quiser.

 

Alice, magoada pelo desejo da menina, sai do quarto sem dizer mais nenhuma palavra. Porém Clara repara na reação da avó ao seu comentário, e enquanto se levanta e veste reflete nas palavras que disse, magoei a minha avó, não devia de ter dito isto mesmo que seja o que eu penso.

 

***

 

A avó encaminha Clara para um edifício velho e deteriorado. Quando batem à porta, uma senhora vem recebê-las e ao ver Alice cresce logo um sorriso.

 

- Bom dia dona Alice! Como está hoje?

- Olá, bom dia! Estou bem, obrigada! Hoje trouxe uma acompanhante especial para me ajudar!

- Olá Clara! Podes não me conhecer, mas eu já ouvi falar muito de ti! Mas entrem, não vamos ficar à porta!

- Vó, o que estamos a fazer aqui? – pergunta Clara.

- Hoje vamos partilhar algum do nosso carinho e tempo com algumas crianças. Vamos contar-lhes uma história!

- Crianças? Aqui, neste edifício velho?

- Querida, estas crianças moram aqui. Sabes, nem toda a gente tem uma casa luxuosa como tu, não têm uns pais carinhosos como os teus, nem tantos brinquedos ou tablets como tu tens.

- Não têm brinquedos nem tablets? E como brincam? Como são felizes?

- Podem não ter muita coisa, mas brincam uns com os outros e mais importante que isso, têm amor, carinho e afeto de todas as pessoas que os ajudam e que os visitam. Isso é o mais importante.

Clara, confrontada com a realidade, começa a chorar. Começa finalmente a ver o mundo com outros olhos e a compreender que apesar de ela ter muitos brinquedos e uma boa casa, não quer dizer que toda a gente tenha o mesmo.

- Desculpa vó, pela forma como te falei quando acordei.

- Minha querida, estás perdoada – diz Alice docemente.

 

Juntas decidem ler a história do Peter Pan a todos os meninos, uma vez que era a história favorita da avó. Adorava as diabruras dos meninos perdidos, a fantástica imaginação que eles tinham para criar brincadeiras e também a ideia de poder voar pelos céus. Fazia-lhe lembrar a sua infância desprovida de brinquedos, onde ter imaginação era a melhor forma de haver diversão. Quando a história terminou, toda a gente já se encontrava com fome, dessa forma seguiram todos para a cantina onde almoçaram uma deliciosa refeição. Durante a tarde houve tempo para tudo, brincadeiras, conselhos de moda e penteados e muitos abraços. Quando eram horas de ir embora, Clara ficou com sentimentos contraditórios, queria ir para casa contar a experiência aos pais, mas ao mesmo tempo não queria deixar os seus novos amigos. Assim, foi embora, mas prometendo que voltava outro dia.

-L&J-

 

Contigo - parte 4 de L e J

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11 de Novembro de 2016

 

- Anjinho, vamos? – pergunta Alice quando chega à escola.

Clara, que se encontra sentada nas escadas à porta da escola, desvia o olhar do seu telemóvel e pergunta – Hoje não podemos ir para casa?

- Amor, tu prometeste. Ontem não te divertiste?

- Sim diverti. Mas eu hoje queria ir ver um filme e jogar um bocado no tablet.

- Pronto… se queres antes ir para casa, eu levo-te para casa.

Clara repara em como a avó ficou triste com a sua decisão e pensa, a minha avó ficou tão triste agora... também não a quero ver assim… se calhar consigo ver o filme logo à noite se pedir à mamã, amanhã também é sábado posso deitar-me um pouco mais tarde.

- Afinal… quero ir passear contigo. Tenho a certeza que a mamã não se importa que eu veja o filme logo à noite, já que amanhã não tenho escola. Se não deixar, posso sempre ver amanhã!

Ao ouvir a mudança de opinião da menina, Alice fica radiante e orgulhosa pela decisão que Clara tomou, a minha neta tem um bom coração, tenho a certeza que vai crescer e ser uma menina ajuizada e justa, pensa. Ambas caminham para o jardim onde Clara aprendeu a andar de bicicleta. Quando chegam ao local, Clara tem um sorriso rasgado na face.

- Vó! Foi aqui que o avô me ensinou a andar de bicicleta.

- Sim, pois foi. Eu lembro-me desse dia, não caíste nenhuma vez. E o teu avô… o teu avô sorria orgulhosamente! – diz a avó comovida.

- Tenho saudades dele.

- Também eu… também eu.

As duas abraçam-se durante uns segundos até que Alice dá um saco a Clara. Esta, curiosa, abre o saco e arregala os olhos de entusiasmo.

- Arroz! Arroz para as pombas! Eu adoro alimentá-las avó!

Clara desata a atirar arroz para as pombas, enquanto Alice se senta no banco mais próximo. Ao ver a felicidade da menina, comove-se e deixa escorrer uma lágrima pela cara, lágrima marota, não me traias agora. Clara desata às gargalhadas enquanto fica rodeada de cada vez mais pombas.

 -L&J-

 

Contigo - parte 3 de L e J

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10 de Novembro de 2016

 

- Adeus professora! – deseja Clara antes de se dirigir para a porta da escola. Pelo caminho vai a matutar no estranho pedido que o Pai Natal lhe fez - mas porque acha ele que eu preciso de brincar mais e fazer novos amigos? Eu já tenho amigos e todos brincam com os tablets e com os iphones! Porque é que eu também não posso? É injusto….

 

Quando chega ao portão da escola, vê que desta vez foi a avó que a veio buscar e não a mãe e fica intrigada quando repara na cesta que esta segura.

 

- Vó, porque trazes uma cesta?

- Amor, vamos a um sítio muito especial para mim!

- A um sítio especial?

- Sim, não te preocupes que vais gostar!

- Está bem, se tu o dizes – diz Clara olhando para Alice com um ar desconfiado.

- Então, como correu hoje a escola?

 

Ambas dão as mãos e prosseguem o seu caminho enquanto Clara vai contando o seu dia atarefado, mas que acabou por se tornar melhor, uma vez que não tinha nenhum trabalho de casa para fazer.

Mas onde está a minha avó a levar-me?, pensa Clara, eu acho que conheço este caminho…. Ao fim de 15 minutos de viagem, Clara vê no horizonte a praia.

 

- Vamos para a praia? Mas não é verão! – pergunta, muito preocupada.

- Sim, as pessoas não vão à praia apenas de verão, sabes? Podem ir quando lhe apetece. A praia não é só bonita durante as férias grandes, também esconde belezas no resto do ano – afirma Alice, enquanto se ri da atrapalhação da menina, – Por exemplo, quando vens no verão, a praia está cheia de gente a falar e a correr. Já reparaste como está sossegada neste momento? Consegues ouvir as ondas a rebentar e as gaivotas a grasnar!

- Sim, realmente está muito diferente, e como também não está calor como no verão, não tenho de por protetor solar! E assim também é mais fácil apanhar conchas e pedrinhas!

- Exatamente! Ora aí estão dois bons exemplo de diferenças! Mas hoje viemos cá para ver o pôr-de-sol.

 

As duas avançam pelo areal, parando quase à beira da água. A avó estende uma toalha, senta-se e chama pela neta, - Vem sentar-te aqui Clara! A menina senta-se no meio das pernas da avó, que por sua vez, coloca uma manta sobre as costas de forma a conseguir tapar também a sua neta.

 

- Toma, fiz-te uma sande. Como é um dia especial, a sande também é. É de tuli creme.

- A minha preferida!!!! – diz Clara, já com água na boca.

Alice dá a sande à neta, e esta fica a saboreá-la enquanto vê o por-de-sol começar a aparecer.

- É tão lindo vó! E parece tão grande assim! Parece que está a desaparecer na água!

- Vês, eu disse-te que ias gostar! – diz Alice sorridente, agradecendo, em silêncio, por ter conseguido mostrar à neta a maior e mais simples beleza da natureza.

-L&J-

 

Contigo - parte 2 de L e J

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6 de novembro de 2016

 

Clara encontra-se sentada no sofá com o tablet, como usualmente, a navegar na internet enquanto a avó Alice prepara o jantar. Nesse momento, a mãe de Clara, Joana, abre a porta e diz a Clara, sorridente:

- Clarinha, o Pai Natal respondeu à tua carta!

- Por favor mamã, lê!!! Por favor!! – pede Clara aos saltos enquanto corre para a mãe empolgada.

- Calma querida! Vamos para o sofá. Chama a tua avó para ela também ouvir a resposta.

-Avóóóóó!!! – grita Clara enquanto corre disparada para a cozinha, - anda depressa! O Pai Natal respondeu à minha carta!! Vem ouvir o que ele me disse, anda!!

- A sério, querida? Que simpático da parte dele. – comenta a avó enquanto se dirige com a neta para o sofá.

 

Querida Clara,

Gostei muito de receber a tua carta e folgo em saber que és dedicada aos estudos e às atividades extracurriculares. No entanto, tenho visto, ao longo do ano, que és mais dedicada ao teu tablet do que à tua família. Fiquei seriamente preocupado com o teu distanciamento, especialmente, em relação à tua avó Alice.

Assim, como ainda falta uns dias para o Natal, venho propor-te uma forma de te tornares uma menina ainda melhor, se cumprires direitinho, no dia de Natal tens a prenda que mais desejas!

Então, eu proponho que durante um mês, em vês de estares sempre agarrada às novas tecnologias, passes a dedicar mais tempo à tua família, principalmente à tua avó (sabes que para mim todos os meus elfos são como netos, e eu adoro passar tempo com eles, por isso sei que a tua avó vai adorar estar mais tempo contigo!). Quero também que te divirtas ao ar livre, que experimentes ler um livro, que brinques mais com os teus ente-queridos, entre todas as outras coisas é suposto fazeres na tua idade! Ainda és muito nova, deves aproveitar a tua imaginação para seres criança, para viveres novas experiências, para fazeres novos amigos, para viver verdadeiramente, antes que sejas completamente consumida pela tecnologia.

Achas que estás à altura?

Ho Ho Ho

Pai Natal

P.S. – Obrigada pela tua preocupação em me enviares a tua morada, apesar de eu saber a morada de toda a gente, assim tenho a certeza de que não me engano!

 

- O Pai Natal está a ser mau para mim! Não gosto mais dele! – exclama Clara visivelmente irritada ao mesmo tempo que se levanta e sai a correr para o quarto, entre lágrimas. Por sua vez, Joana e Alice, vendo a reação da menina, sentem-se tristes e abraçam-se, enquanto algumas lágrimas escorrem pelas suas faces.

-L&J-

Contigo - parte 1 de L e J

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1 de novembro de 2016

 

Querido Pai Natal!

No decorrer deste ano acho que me comportei devidamente. Tirei boas notas e até transitei para o 6º ano! Também tenho sido uma boa menina para os meus pais, às vezes até arrumo o quarto e ponho a mesa. No ballet também tenho tido sucesso, pois sou muito empenhada.

Assim sendo, acho que posso pedir a única prenda que me deixava muito, muito feliz. Pai Natal, eu quero mesmo muito que a minha prenda de natal seja o novo iphone! Ele é tão lindo!! Alguns dos meus colegas já têm e eu gostava de também ter um! Por favor Pai Natal, eu sei que mereço!

Obrigada por leres a minha carta!

Beijinhos doces ****

Clara Almeida

P.S.- Pai Natal deixo aqui a minha morada para não te esqueceres! Rua da D. Leonor, entrada 03, 4ºEsq 4130-100 Porto.

 

-Vó! Está aqui a carta para o Pai Natal! – exclama Clara super entusiasmada. A avó de Clara vai ter com a neta e coloca a carta da menina em um envelope, dando-lhe um beijo na nuca.

- Querida, amanhã prometo colocar a carta no correio. – diz carinhosamente. A Clara sorri, enquanto se dirige para o sofá e pega no seu tablet.

 

Noite:

A avó encontra-se sentada na borda da cama a ler a carta que Clara escreveu ao Pai Natal. Lavada em lágrimas, dirige-se à secretária, pega em papel e escreve uma carta:

 

Querida Clara….

 

-L&J-